Sophia de Mello Breyner: de Carnide para o Panteão Nacional

Coube a José Manuel dos Santos a primeira intervenção logo após a urna, com os restos mortais de Sophia de Mello Breyner Andresen, ser colocada na essa, no patamar exterior do panteão nacional de santa Engrácia, onde decorreu toda a cerimónia protocolar, prévia à deposição da urna na arca tumular do panteão.
Mais do que uma intervenção de evocação de Sophia, José Manuel dos Santos, que apelidou a sua poesia como uma "mnemónica do mundo", deixou-se tomar pela força da sua poesia, pelo poder dos seus versos, pela força das suas palavras e brindou os presentes com um canto de amor sublime por esta voz maior da língua portuguesa.
Seguiram-se nas intervenções Assunção Esteves, presidente da Assembleia da República, e Aníbal Cavaco Silva, Presidente da República.
A intermediar tivemos dois duetos da companhia nacional de bailado, o primeiro interpretando "Lago dos Cisnes" e o segundo "Orpheu e Eurídice", tivemos uma gravação de 1957 com poemas lidos por Sophia e o coro do teatro nacional de são Carlos interpretou "Magnificat" de Bach, após a assinatura, por Cavaco Silva, Assunção Esteves e Passos Coelho, do termo de sepultura no panteão nacional.
A abrir e a fechar esta cerimónia de concessão de honras de panteão nacional a Sophia o coro do são Carlos interpretou o hino nacional.