PS - EUROPEIAS 2014: FRANCISCO ASSIS ESTEVE NO DISTRITO DE VISEU

O cabeça de lista do PS às eleições europeias de 25 de maio, Francisco Assis, esteve no distrito de Viseu, no primeiro dia de campanha eleitoral, acompanhado por José Junqueiro, também candidato nestas eleições ao parlamento europeu.
O dia começou em Lamego com uma visita ás caves da Raposeira seguido de um almoço, muito participado, num restaurante local, onde no final intervieram Manuel Ferreira, presidente da concelhia, João Azevedo, presidente da federação, José Junqueiro, candidato ao PE e, a encerrar, o cabeça de lista Francisco Assis.
A caravana rumou logo de seguida para Resende onde visitou a Cermouros, empresa de comercialização de cerejas, e de seguida Francisco Assis foi recebido no salão nobre da câmara municipal de Resende, completamente cheio, onde intervieram Manuel Trindade, presidente da câmara, António Borges, presidente da assembleia municipal e Francisco Assis.
São Pedro do Sul foi a próxima paragem para uma visita aos balneários rainha dona Amélia, dom Afonso Henriques e também às ruínas do antigo balneário e ao hotel Inatel palace, em que o presidente da câmara, Vítor Figueiredo, vereadores e muitos socialistas quiseram marcar presença e manifestar à caravana a sua vontade de mudança.
Logo após foi Nelas a receber a caravana socialista com forte entusiasmo e com o auditório municipal a encher com socialistas e apoiantes da candidatura da mudança. Usaram da palavra João Azevedo, José Junqueiro, Borges da Silva, presidente da câmara e Francisco Assis.
O dia encerrou com uma sessão comício que se realizou no auditório do IPV (instituto politécnico de Viseu), a abarrotar. Aqui juntou-se a Francisco Assis o presidente da câmara municipal de Sintra, Basílio Horta, para intervir na sessão onde fez uma crítica contundente à governação de direita.
Para além de Basílio Horta intervieram em Viseu João Azevedo, José Junqueiro e Francisco Assis.
Deixo três notícias da lusa a propósito das intervenções de Assis, de Basílio e de Junqueiro no distrito de Viseu:
LUSA (12 maio) [sobre Francisco Assis]:
O cabeça de lista do PS ao Parlamento Europeu disse hoje estar "cada vez mais convencido" de uma vitória clara nas europeias contra a coligação de direita que tem pautado a sua atuação por "muita propaganda, mentira e mistificação".
"Vamos ganhar. Estou cada vez mais confiante e convencido disso. E não sou dado a excessos (…). Mas estou cada vez mais convencido que vamos ter uma vitória clara nestas eleições europeias, que com isso talvez contribuamos já para mudar a Europa, mas contribuiremos decerto para começar a mudar já o nosso país", disse Assis num comício em Viseu, no final do primeiro dia oficial da campanha.
Portugal, declarou o socialista, "está cansado" da "linha de orientação política" de um Governo "extremista e radical" que motiva habituais votantes em PSD e CDS a procurar outros partidos onde votar, disse Assis, exemplificando com um popular com quem contactou esta tarde.
"Ainda há felizmente, em Portugal e na Europa, uma direita que tem uma noção da decência relativamente próxima da nossa", reconheceu o candidato socialista.
O ‘número um’ do PS ao Parlamento Europeu alertou ainda o lotado auditório do Instituto Politécnico de Viseu para "uma das ideias mais perigosas" que PSD e CDS-PP "querem colocar na sociedade", a "demonização do investimento público”.
"Quando falam em empreendedorismo (…) falam parecendo ignorar que por detrás de qualquer empreendedor tem de estar um bom sistema de ensino, um bom sistema de ensino superior, um bom sistema de investigação científica, um conjunto de infraestruturas fundamentais", alertou.
Paulo Rangel, cabeça de lista da coligação de direita, quer "apagar de um momento para o outro" com um "labelo demagógico de despesismo" todas as infraestruturas e condições criadas para a investigação e desenvolvimento, disse ainda Francisco Assis.
"Essa ideia do despesismo é das ideias mais perigosas que se está a querer colocar na sociedade portuguesa. Quando falam em despesismo querem por em causa toda e qualquer intervenção do Estado, toda e qualquer intervenção pública", sublinhou o candidato a o hemiciclo europeu.
O socialista reiterou também críticas a PCP e BE, que, acusa, gastam demasiado tempo a atacar o PS e deviam centrar as suas atenções no executivo liderado por Pedro Passos Coelho.
"É politicamente falso e eticamente indigno propagandear a ideia que não há diferença entre o PS e este Governo", sustentou.
Numa intervenção de cerca de 30 minutos, Assis falou da necessidade de, posteriormente ao sufrágio para o Parlamento Europeu, a Comissão Europeia ficar nas mãos de Martin Schulz, situação que "só por si vai induzir grandes mudanças políticas no espaço europeu".
Na Europa, Portugal não pode ser "subserviente, quieto e calado" e "incapaz de defender os seus interesses e projetar a sua visão", lembrou Francisco Assis, que pediu também um "verdadeiro sobressalto democrático" no espaço europeu.
LUSA (12 maio) [sobre Basílio Horta]:
O presidente da Câmara de Sintra defendeu hoje que o PS não pode ter uma vitória qualquer nas europeias, porque esse triunfo tem de significar o primeiro dia da vitória de 2015 e um "basta" deste Governo.
Basílio Horta falava no comício da campanha europeia do PS em Viseu, num discurso em que criticou a política de privatizações do Governo e condenou as consequências políticas resultantes da linha da chanceler germânica, Angela Merkel.
"Temos de lutar em nome de todos aqueles que querem um Portugal mais justo, com equidade, com decência, onde as pessoas tenham paz de consciência (mesmo os ricos). O dia 25 de maio é o primeiro dia da vitória de 2015 [legislativas] e não pode ser uma vitória qualquer, tem de ser uma vitória onde o povo português diga chega, basta", declarou Basílio Horta a terminar o seu discurso, perante uma prolongada salva de palmas.
Falando antes do cabeça de lista socialista, Francisco Assis, e antes dos dirigentes do PS José Junqueiro e João Azevedo, o ex-presidente da AICEP (Agência de Investimento para o Comércio Externo de Portugal) atacou duramente a política de privatizações do atual Governo e a "debilidade" do poder do Estado na economia portuguesa.
"Qual é a empresa nacional grande que hoje temos em Portugal? O que é feito da PT integrada na Oi, o que é feito da EDP comprada pelos chineses, o que é feito da Cimpor comprada pelos brasileiros? E não falei da REN ou da Galp, mas podemos multiplicar os exemplos. Onde está hoje a bandeira nacional a flutuar nas fábricas?", questionou o antigo deputado do CDS e do PS.
Neste contexto, Basílio Horta deixou uma nova série de perguntas sobre as consequências sociais da política do Governo: "Que papel pode ter hoje o Estado na economia, quando privatizou cegamente os seus maiores ativos estratégicos? Será este o Estado que os portugueses querem?", interrogou-se, antes de manifestar a convicção de que os portugueses "querem um Estado que se paute por princípios de humanidade e de justiça".
Na perspetiva do presidente da Câmara de Sintra, os portugueses rejeitam "uma sociedade em que os pobres são cada vez mais pobres e os ricos são cada vez mais ricos". "Cortam-se pensões de mil euros a reformados - e as empresas que pagam impostos na Holanda ou nas Bahamas, e aqueles que têm milhões de lucro, que sacrifícios são-lhes pedidos? Vivem com a consciência tranquila? Podemos dizer que há paz em Portugal? A paz não é só a ausência de conflitos na rua, é sobretudo a paz nas consciências", rematou, num discurso com uma forte carga democrata-cristã.
Basílio Horta considerou depois uma "mistificação" dizer-se que Portugal teve uma saída limpa do programa de ajustamento, deixando neste ponto, novamente, um conjunto de questões.
"Mas estamos a sair do programa à custa de quem e estamos a sair para onde? Estamos a sair para o desenvolvimento ou para a continuação da pobreza e para a continuação do aumento dos impostos? Se o Tribunal Constitucional exercer a sua função, nós é que vamos pagar com mais impostos?", perguntou, usando um tom de discurso inflamado.
Antes, José Junqueiro tinha criticado indiretamente Cavaco Silva quando fez o elogio de Basílio Horta, que não foi recentemente condecorado pelo atual chefe de Estado, ao contrário do que aconteceu com o seu sucessor na AICEP Pedro Reis.
"Não sendo eu Presidente da República, quero agradecer-lhe por tudo aquilo que fez pelo país", declarou o vice-presidente da bancada socialista, dirigindo-se a Basílio Horta.
LUSA (12 de maio) [sobre José Junqueiro]:
O dirigente socialista José Junqueiro afirmou hoje que 25 de maio será o dia da libertação da maioria de direita e comparou o Conselho de Ministros extraordinário de sábado a uma novela chamada "Casa dos enganos".
José Junqueiro, candidato em 13.º lugar na lista europeia socialista, falava numa sessão pública da campanha do PS em Nelas, antes da intervenção do cabeça de lista Francisco Assis.
"Aqueles que não puderam assistir às cerimónias dos 40 anos do 25 de Abril têm agora uma nova oportunidade de o celebrar no dia 25 de maio. Dia 25 de maio será o dia da libertação da maioria de direita na União Europeia e em Portugal", sustentou José Junqueiro.
Depois, o vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS criticou a convocação pelo Governo de um Conselho de Ministros extraordinário para o próximo sábado.
"No dia 17 há um Conselho de Ministros extraordinário, que coincide com a Convenção Novo Rumo do PS. É mais uma das sucessivas gravações feitas pelo Governo para telenovelas. Dia 17 é mais um número de uma conhecida novela portuguesa, a ‘Casa dos enganos’", comentou José Junqueiro.