[opinião] A importância das energias renováveis!

Vieram a público, recentemente, dados sobre a produção de eletricidade em Portugal a partir de fontes renováveis, mais concretamente das barragens e dos parques eólicos.
Daria, esta produção, para assegurar, no mês de janeiro, 91% do consumo nacional caso, parte dela, não tivesse sido exportada.
Ora, isto faz toda a diferença e significa que são menos importações de combustíveis fósseis que estamos a efetuar, melhorando por essa via a nossa balança comercial. Foram menos 800 milhões de euros de importações em 2013 e menos emissões de dióxido de carbono.
E se estes resultados muito têm a ver com as condições climatéricas destes últimos meses, eles têm sobretudo a ver com opções políticas estratégicas tomadas há alguns anos atrás, durante os dois últimos governos do PS.
Havia a clara convicção de que essa era uma aposta de futuro e vai daí foi lançado um dos maiores investimentos alguma vez feitos na vertente das energias limpas em Portugal, nomeadamente na hídrica e na eólica.
São exemplo disso o plano nacional de barragens de elevado potencial hidroelétrico e o desenvolvimento de um cluster ligado à energia eólica. Quer numa quer na outra o distrito de Viseu tem bons exemplos destes investimentos que começam a ter agora retornos evidentes. Vejam-se os investimentos na barragem de Ribeiradio, quase concluída, e a barragem de Girabolhos, em desenvolvimento, mas também os fortes investimentos realizados nos parques eólicos que pontuam o cimo das principais serras do nosso distrito.
E não se pense que se trata de um valor esporádico de produção de eletricidade! Nada disso. Em 2013, 60% do consumo elétrico teve origem em fontes renováveis o que torna esta via, como uma via sustentável.
E para além destes ganhos evidentes e concretos, Portugal tornou-se também num país com elevado conhecimento técnico nestas duas vertentes energéticas, com indústrias especializadas na produção destes componentes, seja a nível de equipamentos pesados, seja a nível de especificidades tecnológicas. As nossas universidades e os nossos centros de investigação rivalizam com quaisquer outros nestas matérias, para além da dinamização de um mercado de trabalho especializado.
E se estas foram opções claras de uma governação com visão de futuro, aquilo que nos sobra, hoje, é uma governação sem alma e sem qualquer desígnio nacional que nos possa empolgar e aumentar a nossa autoestima.
Estamos ante um governo sem chama e rendido aos ditames de uma europa que não nos respeita!
Acácio Pinto
Rua Direita | Diário de Viseu