Deputados do PS questionam governo sobre barragem de Girabolhos


LUSA 20.04.2013 - «Os deputados do PS eleitos pelo círculo de Viseu perguntaram hoje ao Governo quando pretende promover a assinatura do contrato para a adjudicação e início da construção das barragens de Girabolhos e da Bogueira.
Numa pergunta dirigida ao ministro da Economia e do Emprego, os deputados José Junqueiro, Acácio Pinto e Elza Pais lembram que, no âmbito de um concurso público internacional, o Estado e a Endesa Generación Portugal assinaram, em dezembro de 2008, a adjudicação provisória para a construção das barragens de Girabolhos e da Bogueira.
Com a emissão da Declaração de Impacte Ambiental em julho de 2010 e a aprovação do Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução em setembro de 2011 ficaram “criadas as condições para a adjudicação definitiva para a então constituída sociedade concessionária Hidromondego - Hidroeléctrica do Mondego”, recordam.
Em setembro de 2010, foi aprovada a portaria que classificou as barragens e toda a zona envolvente da albufeira, “tendo em vista não só a produção de energia, bem como a sua utilização para abastecimento publico”.
Os deputados socialistas sublinham que “estes empreendimentos têm também uma mais-valia, na utilização turística do plano de água e zonas envolventes, que se estendem, no caso de Girabolhos, por 425,53 quilómetros, ocupando áreas dos concelhos de Mangualde, de Gouveia e de Seia”.
Já a albufeira associada à barragem da Bogueira irá estender-se ao longo de 46,21 quilómetros, ocupando áreas dos concelhos de Seia, Nelas e de Mangualde, explicam.
José Junqueiro, Acácio Pinto e Elza Pais consideram que “foram criadas todas as condições técnicas e procedimentos administrativos para a adjudicação definitiva” e lembram que “o início da obra estava previsto para o fim de 2011, início de 2012”.
“O investimento previsto, superior a 360 milhões de euros, é totalmente assegurado por capital privado, sem recurso a fundos comunitários e a qualquer investimento público”, referem.
Os deputados sublinham “a importância para o incremento do potencial energético de origem renovável” e que “a construção dinamizará a economia regional e nacional, bem como a criação de emprego”.
Por outro lado, “as utilizações secundárias poderão ser um incremento ao desenvolvimento regional e um benefício para as populações ribeirinhas”, acrescentam.»
(Foto: espinho-net.blogs.sapo.pt)