Junqueiro recordou as 2446 nomeações feitas pelo PSD/CDS quando estavam em gestão

Lisboa, 24 mai (Lusa) -- O cabeça de lista do PS por Viseu mostrou-se hoje "indignado" com "o número de circo" do PSD sobre as nomeações feitas pelo atual Governo demissionário, recordando que quando o Executivo social-democrata estava em gestão fez "2.446 nomeações".
Em declarações à Lusa, José Junqueiro, cabeça de lista do Partido Socialista pelo círculo eleitoral de Viseu, manifestou a sua "enorme indignação com uma espécie de número de circo montado pelo doutor Pedro Passos Coelho [PSD] a propósito das seis supostas nomeações feitas pelo atual Governo".
José Junqueiro afirmou que "entre 30 de novembro de 2004 e 21 de janeiro de 2005, quando o Governo de Santana Lopes, do PSD, estava em gestão, foram feitas 2.446 nomeações".
O dirigente socialista acusou ainda "alguns protagonistas que integram o seu núcleo de apoio [do líder social-democrata], nomeadamente José Aguiar Branco ou o próprio Santana Lopes" de serem "autores dessas mesmas nomeações".
Por isso, prosseguiu, "o PS não aceita" que "estas afirmações passem impunes e o doutor Pedro Passos Coelho tem obrigação, a partir de hoje, de pedir desculpas", uma vez que "enquanto o [atual] Governo deu orientações para que nada fosse publicado, ele próprio não se lembra de que o Governo do seu partido deu orientações no sentido contrário, de publicar 2.446 nomeações quando se encontrava em funções de gestão".
O cabeça de lista socialista por Viseu reiterou ainda que não reconhece "nem autoridade política nem legitimidade moral" ao PSD em matéria de nomeações de Governos de gestão.
O PSD distribuiu segunda-feira, em Santarém, aos jornalistas que acompanham a sua campanha eleitoral cópias de e-mails trocados entre organismos públicos, num dos quais o Instituto Nacional da Casa da Moeda recusa a publicação de uma nomeação.
Para o líder do PSD, a não publicação destas nomeações demonstra "falta de transparência", uma acusação a que José Sócrates, líder socialista, respondeu considerando que Passos Coelho está a insistir numa "política de casos" e numa "campanha de incidentes todos os dias", refutando as acusações que lhe foram dirigidas pelo presidente social-democrata.
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